Plano Diretor Estratégico como instrumento indutor do mercado imobiliário

A busca pela distribuição racional da população pelo território municipal

Autores

  • Alexandre Levin Escola Paulista de Direito

DOI:

https://doi.org/10.61681/revistasimetria.v1i11.175

Palavras-chave:

Outorga onerosa do direito de construir, Eixos de Estruturação da Transformação Urbana, Zonas Especiais de Interesse Social

Resumo

O plano diretor, principal instrumento jurídico de organização do espaço urbano (CF, art. 182), elenca os objetivos da política urbana municipal, todos eles voltados à busca pelo pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade. Esses objetivos são alcançáveis por meio de instrumentos urbanísticos, cuja aplicação, por sua vez, visa à distribuição racional da população pelo território da urbe. O PDE funciona, assim, como um indutor do mercado de produção de imóveis: por meio da previsão de coeficientes de aproveitamento mínimos e máximos, a lei estimula a construção em áreas da cidade dotadas de melhor
infraestrutura de transporte e desestimula a edificação em regiões destinadas à proteção ambiental. Nas linhas que seguem, pretende-se abordar como se dá esse processo de indução do mercado imobiliário, tomando-se por base o Plano Diretor Estratégico do município de São Paulo (lei municipal no 16.050/2014) e as ferramentas nele previstas, destinadas ao alcance das finalidades traçadas pelo legislador.

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Biografia do Autor

Alexandre Levin, Escola Paulista de Direito

Doutor e Mestre em Direito do Estado pela PUC-SP (área de concentração direito urbanístico). Procurador do Município de São Paulo. Professor de direito administrativo e ambiental nos cursos de graduação e pós-graduação da Escola Paulista de Direito – EPD. Membro efetivo da Comissão de direito urbanístico da OAB/SP.

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Publicado

25/07/2023

Como Citar

Levin, A. (2023). Plano Diretor Estratégico como instrumento indutor do mercado imobiliário: A busca pela distribuição racional da população pelo território municipal. Revista Simetria Do Tribunal De Contas Do Município De São Paulo, 1(11), 108–119. https://doi.org/10.61681/revistasimetria.v1i11.175

Edição

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